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ESPANHA: Megaresorts do jogo, uma tendência global a crescer

Depois do abandono dos projectos de Madrid e Gran Scala em Monegros, jogo e turismo parece ter sofrido um revés em Espanha. No entanto, na corrida segue Barcelona World enquanto que nas canárias surgem novas opções. Na verdade, a nível mundial a tendência do sector é para crescer.

“ O sector dos casinos está a crescer nos últimos anos a nível mundial e as grandes empresas procuram novas oportunidades de investimento em todo o mundo, explicam Albert Vancells y David Rodríguez, autores de um estudo sobre o turismo do jogo publicado no Índice de Actividade Turística 2014 da Universidade Autónoma de Barcelona (UAB).

Assim, nas últimas três décadas produziu-se uma “explosão deste produto”, principalmente por causa da liberalização do mercado de jogo tanto em boa parte nos Estados Unidos como em numerosos países, principalmente da Ásia, explicam os autores do relatório.

Actualmente estima-se que as receitas brutas anuais geradas pelo sector são mais de 100 mil milhões de dólares, dos quais um terço é proveniente de Macau.

 As receitas diversificaram-se

Mas a expansão mundial do sector de jogo transformou-se com o passar do tempo.  O modelo de negócio já não é apenas o jogo.

Os operadores potenciam agora o conceito de megaresort: Um casino com um grande hotel que inclui espectáculos, centro de convenções, shopping…Las Vegas (EU) foi pioneira nesta transformação.

A origem desta mutação começa na década de 1990 nos Estados Unidos, quando numerosos estados começaram a liberalizar o jogo e Las Vegas foi forçada a reinventar-se.

E fê-lo potenciando a actividade turística, que passou a estar centrada no jogo e a focar-se no turismo de convenções (durante a semana) e no turismo familiar (fins de semana). Deste modo, a construção de novos casinos, com centros de convenções, atracções, centros comerciais e zonas de restauração, passaram a ser a norma.

Tal como mostra o gráfico junto (na notícia) sobre a proveniência das receitas dos grandes casinos de Las Vegas, 36,9% da facturação vem agora das salas de jogo, enquanto que o resto das receitas tem uma origem muito variada: quartos de hotel (25,1%), restauração (15,7%), bebidas (7,6%), alugueres de espaços e lojas e outras atracções (14,7%).

Assim, o casino, em sua variedade de megaresort, é uma combinação de atividade do jogo, alojamento, centro de convenções, espectáculos, campos de golfe e zona comercial.

“Em certa medida, o seu modelo de negócio mais próximo é o de cruzeiro, embora, neste caso, não haver actividade de transporte e o peso da atividade do jogo contituir o ‘core business’ do negócio”, segundo explicam os professores Vancells Albert e David Rodriguez.

Além de Las Vegas, o turismo de jogo explodiu na ex-colónia portuguesa de Macau a partir de 2004, após a liberalização parcial do sector introduzida pelo Governo chinês para permitiu a chegada de operadores estrangeiros.

Igualmente em Singapura o jogo liberalizou-se (depois da abertura de de Marina Bay Sands em 2010) e também no Japão está-se a considerar a possibilidade de liberalizar o jogo com o objectivo de acolher um resort integrado.

Em outros países como Chipre, Irlanda e Eslovénia tomaram-se também iniciativas deste tipo.

Projectos cancelados em Espanha

Entretanto, em Espanha deixaram-se para trás os mega-projectos Eurovegas em Madrid e Gran Scala em Los Monegros, Aragón.

No entanto, Barcelona World, que será construído junto a PortAventura, continua a somar novos sócios.

Por outro lado, em Tenerife iniciou-se o processo para a venda do Casino de las Américas (propriedade do Cabildo) a que concorrem três empresas. A oferta final, à margem do preço das acções, deve incluir um plano de investimento vinculado ao sector do turístico, seja para lazer ou alojamento.

“O objectivo é que esta venda seja um impulsionador do desenvolvimento de um novo produto turístico para gerar mais competividade e emprego” indicou o presidente do Cabildo de Tenerife, Carlos Enrique Alonso.

Projectos em zonas turísticas

De facto, o relatório da UAB sugere que as possibilidades de êxito e impactos económicos positivos deste tipo de megaresorts vinculados aos casinos são maiores quando os projectos se localizam em zonas onde já existe uma indústria turística plenamente desenvolvida.

Por exemplo, um novo resort de jogo numa zona turística já consolidada pode ser a chave para a diversificar o produto turístico, pois complementa a oferta já existente.

“ Seria melhor isto que construir um megaresort isolado, como se fosse uma seta nos Monegros” aponta Albert Vancells.

“ Além disso a aceitação dos investimentos é melhor em lugares onde já há actividade turística e os trabalhadores são mais receptivos”, acrescenta.

Além disso,  indica Vancells Albert, “provavelmente o resort Barcelona World terá um efeito de redução da sazonalidade na Costa Dorada”.

Efeitos e percepções sobre o território

“Os investimentos destas empresas são avalizadas pela possível, criação de emprego, geração novos fluxos de turistas, e aumento da renda do sector público. A investigação nesta área não é conclusiva quanto à realidade desses efeitos. No entanto, estudos indicam que os impactos positivos são produzidos de forma mais clara quando esses investimentos estão relacionados com o turismo “, de acordo com os autores do relatório.

Por exemplo, investigações anteriores realizadas por autores norte-americanos sugerem que “as pessoas relacionadas com o turismo têm uma melhor atitude em relação ao estabelecimento de  um resort de jogo que a restante população.”

Portanto, quando este tipo de  resorts se implantam  em zonas com uma actividade turística importante, “a percepção tende a ser menos crítica por parte dos residentes, pelos benefícios  previstos especialmente em termos de postos de trabalho.”

E, embora os custos que podem ser gerados possam ser significativos “, principalmente sobre o jogo compulsivo e problemas financeiros das famílias, bem como impactos ambientais, os benefícios esperados pela população têm um peso mais significativos que os custos que podem estar associados” explica o relatório.

Em qualquer caso, conclui o relatório, os novos resorts combinando cassinos, hotéis e espectáculos  são “o produto do jogo com maior capacidade de gerar turismo internacional.”

Fonte: Hosteltur

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