24.03.2012 – Ainda não há estudos para avaliar conclusivamente se o jogo na Internet é mais ou menos viciante que as formas de jogo tradicional, disse à Lusa Luís Rebordão, do Observatório do Jogo Remoto (OJR).
“Não há estudos conclusivos que comprovem que o jogo ‘online’ é mais ou menos aditivo que o jogo ‘offline'”, afirmou Rebordão, consultor das associações profissionais do setor do jogo. “Ninguém pode afirmar neste momento que os jogos desenvolvidos na Internet sejam mais perigosos.”
Está neste momento em curso o trabalho de uma comissão interministerial que estuda a regulamentação do jogo ‘online’, e deverá apresentar propostas de legislação para o setor até ao final deste mês.
O OJR não foi ainda contactado pela comissão no âmbito dos seus trabalhos. No âmbito de um processo de consulta lançado pela Comissão Europeia, o observatório expôs as suas opiniões sobre os mecanismos necessários para minimizar os riscos do jogo compulsivo associado ao jogo ‘online’.
Para além das medidas sugeridas pela própria Comissão, como a imposição de limites de idade ou a proibição do recurso ao crédito, o OJR propôs a realização de estudos sobre os comportamentos e hábitos dos jogadores, “campanhas maciças de educação” sobre o jogo e a “criação de redes de assistência para jogadores compulsivos”.
Citando o “Livro Verde sobre o Jogo Online” da Comissão Europeia, Luís Rebordão disse à Lusa que “ao contrário do que se diz, os jogos que mais riscos comportam para o consumidor são as ‘slot machines’ dos casinos e as ‘raspadinhas’ [da lotaria instantânea]”.
Também no âmbito do Livro Verde da Comissão Europeia, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (que atualmente tem o monopólio dos jogos de azar em Portugal) cita dados de um grupo de trabalho ministerial constituído no final de 2010, ainda no tempo do Governo de José Sócrates.
Este grupo estimou em 600 milhões de euros o volume do mercado de apostas desportivas não licenciadas em Portugal.
Fonte: I online
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REGULAÇÃO
Em boa hora enviámos para a Comissão Europeia o entendimento que norteia o nosso trabalho desde 2004
Entendemos que devem ser elaborados estudos em prestigiadas universidades, em cooperação com operadores e reguladores, recorrendo às bases de registos dos jogos na internet para estudar com precisão os comportamentos e os hábitos dos jogadores. Os resultados destes estudos podem proporcionar uma base empírica à comunidade científica internacional na área da investigação em comportamentos de dependência
Entendemos que devem ser lançadas campanhas maciças de educação, através de diversos canais de comunicação, com o objectivo de chegar efectivamente a toda a população, de maneira que esta possa perceber que existe uma verdadeira politica europeia em relação ao jogo e que as condições para um exercício responsável da actividade estão dadas
Sublinhamos a necessidade de criar observatórios do jogo que alertem e informem os consumidores sobre as práticas de cada operador. Estes observatórios poderão ser um incentivo para a implementação de boas práticas nos seus sítios de jogo online. A diferenciação positiva. A transparência dos operadores poderá traduzir-se num capital de confiança junto dos jogadores.
Entendemos que deverão ser criadas redes de assistência para jogadores compulsivos, começando pelos centros que já estão a trabalhar no tratamento das adições. Esses centros deverão funcionar sobre uma plataforma tecnológica adequada que permita o intercâmbio de experiências, a actualização de conhecimentos e a colaboração mútua.
DESDE 2004
EDUCAÇÃO/PREVENÇÃO
O programa Jogo Responsável deverá contribuir para assegurar a protecção dos indivíduos, e da sociedade em geral, das consequências negativas do jogo e apostas a dinheiro e simultaneamente proteger o direito de quem pretende jogar.
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