As apostas hípicas representam apenas 3% do volume de negócios anual da Loterie Nationale, mas os responsáveis da casa de jogos luxemburguesa querem promover mais este jogo no Grão-Ducado e conquistar mais apostadores. Até porque em 2015, este tipo de apostas recuou 16% no Luxemburgo.
“As apostas nas corridas de cavalo no Luxemburgo representaram em 2015 cerca de 3 milhões de euros, dos 99 milhões de euros anuais que a Loterie Nationale registou o ano passado com todos os seus jogos”, revelou este domingo ao CONTACTO Léon Losch, director-geral da Loterie Nationale.
Apesar de representar apenas uma “fatia pequena”, a Loterie considera este um número positivo. “Não podemos dizer que é pouco, pois estas apostas só existem há quatro anos no Luxemburgo, com apenas 40 pontos de venda. Para nós, representa um valor já razoável, pois todos os nossos outros jogos são sobejamente conhecidos. Queremos claramente aumentar o volume de vendas das apostas hípicas”, acrescentou Losch.
Os números foram revelados durante a transmissão do Grande Prémio da América 2016 em hipismo, que decorreu no domingo, com uma centena de convidados, nas instalações da Loterie Nationale em Leudelange.
Apostas do PMU recuaram 16% em 2015
A Loterie convidou uma centena de aficionados, conhecedores e profissionais de hipismo para assistir num grande ecrã e em ambiente de festa ao “Grande Prémio da América” em hipismo, ou seja, o campeonato do mundo das corridas de trote com atrelado, cuja 95ª edição decorreu no hipódromo de Vincennes, em Paris, e que foi ganho pelo jóquei francês Franck Nivard, com o seu cavalo “Bold Eagle”.
Nivard era um dos grandes favoritos desta prova, com um palmarés de duas dezenas de vitórias, além de ter sido também o vencedor do “Critérium Continental” e do Prémio da Bélgica.
O director da Loterie explicou que esta foi uma oportunidade de “dar a conhecer este tipo de apostas desportivas, mostrando que a empresa não vende somente raspadinhas, o Euromilhões ou o Loto alemão”.
O responsável da Loterie explica que é preciso promover mais este jogo até porque as apostas hípicas recuaram 16% em 2015 no Luxemburgo, um “recuo que chegou a assustar um pouco”, admite Losch.
“Temos que investir ainda mais tempo para encontrar apostadores no mercado luxemburguês. O PMU não é como o Euromilhões, é um jogo mais difícil de entender”.
Losch explicou como “desde 2012, a Loterie Nationale tem uma parceria com o PMU” (Pari Mutuel Urbain), empresa francesa de apostas de hipismo, e como “graças a esta parceria, os jogadores e amantes do hipismo no Grão-Ducado podem apostar nas corridas de cavalos que se disputam em França”.
No domingo, as instalações da Loterie estavam transformadas em centro hípico, e receberam jogadores e convidados num ambiente de convívio e de sabores americanos. Os convidados podiam registar as apostas ao balcão ou através de um aparelho electrónico. Um profissional do hipismo comentava em directo e ao vivo as corridas que passavam no ecrã. Os apostadores podiam apoiar um dos 18 cavalos da grande corrida, como se tivessem no hipódromo de Vincennes.
“Organizamos este evento para festejar o Grande Prémio da América, mas também para juntar os amantes das corridas e criar um pouco a atmosfera de emoção que se vive nos hipódromos em França. Convidámos os jogadores habituais dos nossos pontos de venda, inclusive os revendedores”, disse Léon Losch.
Portugueses também se interessam pelo hipismo
Dos cerca de 40 pontos de venda espalhados pelo país, cerca de metade estão localizados em cafés portugueses.
“Essas pessoas demonstraram o interesse e até alguma paixão pelo hipismo, pois é preciso que o revendedor tenha alguma afinidade com o desporto para o poder vender e proover junto do cliente”, considera Losch.
As estatísticas da Loterie Nationale referem que cerca de 36% dos apostadores são franceses, 27% luxemburgueses e os restantes são de outras nacionalidades, sendo que os portugueses representam a maior fatia.
À semelhança de Portugal, onde é a Santa Casa da Misericórdia que gere os jogos de apostas, no Grão-Ducado a Loterie Nationale pertence à “Oeuvre Nationale de Secours Grande-Duchesse Charlotte”, uma instituição de caridade que financia a Cruz Vermelha luxemburguesa e a Caritas. Todos os lucros dos jogos que a Loterie Nationale vende revertem assim para obras de benficência.
Fonte: Luxemburger Wort.
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