Artur Mateus, da Associação Portuguesa de Casinos (APC), revelou à agência Lusa que a crise nestes estabelecimentos começou a acentuar-se em 2009, quando “as receitas brutas dos jogos caíram 10,3% face ao ano anterior (de 387,7 para 347,7 milhões de euros”.
Tratou-se de “um decréscimo sem precedentes na história do sector, que se verificou apesar da abertura do Casino de Chaves em 2008, e do consequente aumento, de nove para 10, do total de casinos em exploração”, disse.
Também o ano de 2010, com 344,5 milhões de euros, caracterizou-se por “um agravamento deste decréscimo de receitas, que se agudizou em 2011”.
Já este ano, o decréscimo em janeiro situava-se em 3,29%, face ao período homólogo de 2010, com um agravamento progressivo que, em Setembro, se cifrava em 4,77%.
Para Artur Mateus, esta situação deve-se “não só à crise generalizada que afecta toda a economia, como também a factores específicos”, como a “concorrência ilegal, e nunca combatida pelo Estado, dos casinos on-line, responsáveis por uma significativa alteração dos hábitos de aposta dos portugueses e pelo consequente desvio de receitas de uma actividade legal e altamente tributada — a dos casinos legais — para o jogo na internet, não sujeito a qualquer tributação em Portugal”.
“A este problema, veio juntar-se, nos anos mais recentes, um conjunto de decisões governamentais que condicionaram seriamente a capacidade de investimento dos casinos nacionais e que lhes afectaram, consequentemente, a capacidade de realizar investimentos em contra-ciclo que servissem de antídoto à crise”, sublinhou Artur Mateus.
A APC prevê para os próximos anos “um agravamento ainda maior desta situação, visto que as medidas de austeridade já em execução, e as anunciadas para o futuro, afectarão cada vez mais a disponibilidade económica dos portugueses, com a consequente diminuição do dispêndio em actividades lúdicas como as oferecidas pelos casinos”.
Apesar da diminuição das receitas, o número de frequentadores dos casinos portugueses tem-se mantido.
Contudo, afirma Artur Mateus, “o dispêndio individual de cada cliente diminuiu significativamente”. “É típico de uma conjuntura de crise como a que atravessamos”, frisou.
Notícia: RTP Notícias
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REGULAÇÃO
Em boa hora enviámos para a Comissão Europeia o entendimento que norteia o nosso trabalho desde 2004
Entendemos que devem ser elaborados estudos em prestigiadas universidades, em cooperação com operadores e reguladores, recorrendo às bases de registos dos jogos na internet para estudar com precisão os comportamentos e os hábitos dos jogadores. Os resultados destes estudos podem proporcionar uma base empírica à comunidade científica internacional na área da investigação em comportamentos de dependência
Entendemos que devem ser lançadas campanhas maciças de educação, através de diversos canais de comunicação, com o objectivo de chegar efectivamente a toda a população, de maneira que esta possa perceber que existe uma verdadeira politica europeia em relação ao jogo e que as condições para um exercício responsável da actividade estão dadas
Sublinhamos a necessidade de criar observatórios do jogo que alertem e informem os consumidores sobre as práticas de cada operador. Estes observatórios poderão ser um incentivo para a implementação de boas práticas nos seus sítios de jogo online. A diferenciação positiva. A transparência dos operadores poderá traduzir-se num capital de confiança junto dos jogadores.
Entendemos que deverão ser criadas redes de assistência para jogadores compulsivos, começando pelos centros que já estão a trabalhar no tratamento das adições. Esses centros deverão funcionar sobre uma plataforma tecnológica adequada que permita o intercâmbio de experiências, a actualização de conhecimentos e a colaboração mútua.
Problema de saúde pública
DESDE 2004
EDUCAÇÃO/PREVENÇÃO
O programa Jogo Responsável deverá contribuir para assegurar a protecção dos indivíduos, e da sociedade em geral, das consequências negativas do jogo e apostas a dinheiro e simultaneamente proteger o direito de quem pretende jogar.
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