09/07/08 PORTUGAL: Operação Furacão tem de chegar a bom porto
As buscas ontem feitas na Estoril-Sol de Stanley Ho são o mais recente episódio da maior investigação jamais realizada em Portugal a sectores-chave da economia: a Operação Furacão.
Desde que esta operação se iniciou, em Outubro de 2005, foram constituídos 200 arguidos, sobre os quais recai a suspeição de terem enganado o fisco, falsificado documentos e usado offshores para branquear capitais.
Não é bom para ninguém que se prolongue muito mais tempo a incógnita sobre se uma boa parte dos nosso bancos, empresários e advogados são gente boa ou trapaceiros. Por isso o procurador-geral da República pediu que fossem acelerados os resultados. O pedido de Pinto Monteiro não foi atendido pelo juiz Carlos Alexandre, que manteve o processo em segredo de justiça até 2009.
Esta decisão de um juiz habituado a processos mediáticos – a condenação a 23 anos de prisão da socialite Maria das Dores, além dos caso Portucale, Isaltino e compra de submarinos – dá a entender que dentro de um ano a Operação Furacão ainda estará em cartaz. E é necessário começar a fechar janelas. Porque será mau para a imagem da Justiça, o bom funcionamento da economia e a credibilidade da investigação criminal e dos próprios visados que um processo como este se arraste durante quatro longos anos e acabe como a ‘Casa Pia’ ou o ‘Apito Dourado’.
Os protagonistas na Cimeira do G8 ficaram contentes por terem concordado em cortar para metade, até 2050, as emissões de gases com efeito de estufa. É claro que aquele sorridente friso de personalidades dificilmente chegará até lá para poder ser pessoalmente confrontado com a palavra dada 42 anos antes. E acontece que a memória de outras juras passadas não augura nada de bom: há três anos, os mesmos oito países juraram duplicar a ajuda ao desenvolvimento até 2010. Em vez de 25 mil, doariam 50 mil milhões de dólares. Passados três anos, nem um quarto do reforço prometido foi efectivamente mobilizado…
Quanto ao aquecimento global, o mais difícil é inverter o aumento até agora imparável dos níveis de emissões. Daí que o que verdadeiramente conta são objectivos esforçados, mas alcançáveis, em prazos tão curtos quanto o permita a vontade política. E, nessa lógica, para além dos máximos fixados pelo protocolo de Kyoto para 2012, só temos o compromisso da União Europeia de cortar as suas emissões de CO em 20% até 2020.
Com um presidente dos EUA, em tournée planetária de despedida, que diz tudo o que desdisse durante sete anos e um primeiro-ministro nipónico a lutar pela sua sobrevivência política, mais vale refrear a euforia de ver alcançado um consenso para conter a temperatura do planeta. E dar mais valor à linguagem fria dos actos.|
Fonte: Diário de Noticias
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