Esta será um dos assuntos centrais das Jornadas Nacionais sobre Adições sem Substância , a ser realizada o próximo dia 6 em Madrid e que reunirá os principais especialistas em psicologia nesta área.
A União de Associações e Entidades de Assistência ao Toxicodependente (UNAD) exige ás autoridades uma legislação específica sobre o jogo online, perante o “aumento alarmante” dos gastos nesta atividade, que em 2014 ultrapassou 6,5 mil milhões de euros e publicidade chegou a 114 milhões.
O diretor da Comissão de Intervenção de Adições sem Substância da UNAD, José Luis Rabadán, numa entrevista à EFE, informou que este é um dos assuntos centrais das Jornadas Nacionais sobre Adições sem Substância, que se celebrarão no próximo dia 6 em Madrid e que reunirá os maiores especialistas em psicologia neste âmbito.
Rabadan, que dirige estas jornadas, organizadas pela UNAD, destacou a preocupação existente nos profissionais dedicados ao cuidado da toxicodependência e adições pela crescente inclusão nas suas consultas de aprisionadas pelo abuso do jogo e videojogos online, mas também às novas tecnologias relacionadas com os telefones inteligentes ou smartphones.
As 250 organizações que integram a UNAD, conscientes desta realidade, apelaram para a realização destas jornadas, com o objetivo de contar com mecanismos de deteção para tratar pessoas com estas adições, uma vez que as sem substância – as não vinculadas às drogas – são uma realidade, que cada dia vais mais longe e que os serviços das organizações desta plataforma começaram a detetar nos últimos dois anos, indicou.
Como especialista no tratamento de dependências de drogas, ele explicou que “não se trata de alarmar a população espanhola porque não há muitos casos de adição a estas substâncias, mas sim casos de abuso”, em particular, ao jogo e videojogo online e a um uso “irracional” das novas tecnologias.
No caso do jogo online, o Ministério das Finanças já soou o alarme e os seus dados indicam que em 2014 o gasto em jogos online em Espanha alcançou 6.564 milhões de euros, em comparação com 5.600 em 2013, com aumento especial de 27% no último trimestre, indicou Rabadán .
Estes dados, que para a UNAD já são “alarmantes”, somam-se aos 114,4 milhões que, de acordo com a mesma fonte, gastou a indústria do jogo online em publicidade no ano passado, sobretudo em apostas desportivas relacionadas a programas de televisão e equipas de futebol.
Esta realidade é um “sinal de alerta” e nas conclusões destas jornadas “vai-se apelar às autoridades para que, realmente, façam legislação oportuna sobre jogos online”, explicou Rabadán, que também é presidente da Associação Riojana de Ajuda à Toxicodependência (ARAD), integrada na UNAD.
Reconheceu que “o Governo está a desenvolver planos de prevenção para o jogo responsável”, mas advertiu que “os dados estão aí.”
Outro assunto que preocupa a UNAD e que se tratará nas jornadas é a crescente adição aos videojogos online, que em alguns casos estão ligados a pessoas com adição aos jogos online.
Os “smartphones” também se tornaram “uma verdadeira adição para muitas pessoas” e que se resume na perda de controlo e dependência a todas estas novas adições sem substância, excetuando a adição ao trabalho, desporto ou ao sexo, disse.
Como no caso dos jogos e videojogos online, a adição a estas novas tecnologias acontece, geralmente, em pessoas predispostas, com vulnerabilidade, como podem ser os adolescentes; nas que têm uma impulsividade ou buscam sensações exageradas; uma diminuição da autoestima ou um confronto inadequado com as dificuldades.
Rabadán explicou que se desenvolveu uma legislação recente em Espanha sobre a proteção dos menores na Internet, mas acredita que o desafio está em implementar planos e ações de prevenção nos adolescentes.
Concluiu que há também estudos que indicam que, em geral, há pessoas que olham o seu smartphone umas 150 vezes por dia para ver se entraram mensagens, comentários ou outros serviços oferecidos por este sistema.
Fonte: Radio Televisión Canaria
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