Apenas cerca de 2 por cento dos 2 200 sítios de jogo online analisados pelo Observatório Transnacional de Jogo Remoto cumprem padrões de segurança e responsabilidade social.
Apenas cerca de 2% dos sítios cumprem padrões de segurança
Esta é uma das conclusões do Observatório, que arrancou há seis meses no sítio www.jogoremoto.pt, e cujo objectivo é proteger os consumidores portugueses dos “perigos” das apostas on-line.
O responsável do Observatório, Luís Rebordão, garantiu à agência Lusa que “actualmente pouco mais de 2 por cento dos 2 200 sítios de jogo online analisados têm elevados padrões de segurança e responsabilidade social, o que é manifestamente reduzido”.
“É incontornável o facto da legislação portuguesa continuar a permitir que milhares de portugueses joguem em muitas centenas de sítios na Internet sem protecção”, acrescentou.
Para Luís Rebordão, “a ausência de um quadro jurídico actualizado não serve os interesses do Estado, dos operadores e muito menos dos consumidores”.
“Actualmente existem mais de 2 700 sítios de jogo on-line fornecidos por 603 empresas através de 67 jurisdições diferentes”, revelou.
Apesar de não haver estudos, as estimativas apontam para que existam cerca de cem mil pessoas com problemas de jogo em Portugal.
“O Observatório foi essencialmente concebido com o objectivo de disponibilizar alguma informação de protecção aos consumidores de jogos de azar cujas apostas ocorrem via internet, telefone, televisão interactiva ou outra tecnologia”, explicou Luís Rebordão.
Segundo dados do Observatório, existem 69 jurisdições que licenciam 776 casinos online, 544 salas de poker online, 441 sítios de apostas desportivas online, 348 sítios de bingo online, 80 sítios de lotarias online e 13 sítios de gamão online.
Foram também localizadas 617 empresas proprietárias de 1 296 sítios de jogo online e 148 empresas que fabricam software para 2 397 sítios de jogo online.
O Observatório reconheceu ainda “91 tipos de cartões de débito/crédito, entre outras formas de intervenção das instituições financeiras que permitem as transferências de dinheiro que sustentam o mercado”.
No entender de Luís Rebordão, “dada a proliferação dos casinos em todo o mundo e a expansão meteórica do jogo online, será vital para a sustentabilidade da indústria do jogo a segurança dos produtos e uma regulação eficaz”.
“Se estamos perante uma matéria complexa no que concerne à regulamentação, o mesmo não podemos dizer em relação à protecção dos consumidores”, disse ainda.
Fonte: Sapo Desporto
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REGULAÇÃO
Em boa hora enviámos para a Comissão Europeia o entendimento que norteia o nosso trabalho desde 2004
Entendemos que devem ser elaborados estudos em prestigiadas universidades, em cooperação com operadores e reguladores, recorrendo às bases de registos dos jogos na internet para estudar com precisão os comportamentos e os hábitos dos jogadores. Os resultados destes estudos podem proporcionar uma base empírica à comunidade científica internacional na área da investigação em comportamentos de dependência
Entendemos que devem ser lançadas campanhas maciças de educação, através de diversos canais de comunicação, com o objectivo de chegar efectivamente a toda a população, de maneira que esta possa perceber que existe uma verdadeira politica europeia em relação ao jogo e que as condições para um exercício responsável da actividade estão dadas
Sublinhamos a necessidade de criar observatórios do jogo que alertem e informem os consumidores sobre as práticas de cada operador. Estes observatórios poderão ser um incentivo para a implementação de boas práticas nos seus sítios de jogo online. A diferenciação positiva. A transparência dos operadores poderá traduzir-se num capital de confiança junto dos jogadores.
Entendemos que deverão ser criadas redes de assistência para jogadores compulsivos, começando pelos centros que já estão a trabalhar no tratamento das adições. Esses centros deverão funcionar sobre uma plataforma tecnológica adequada que permita o intercâmbio de experiências, a actualização de conhecimentos e a colaboração mútua.
Problema de saúde pública
DESDE 2004
EDUCAÇÃO/PREVENÇÃO
O programa Jogo Responsável deverá contribuir para assegurar a protecção dos indivíduos, e da sociedade em geral, das consequências negativas do jogo e apostas a dinheiro e simultaneamente proteger o direito de quem pretende jogar.
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