Uma intervenção estatal na área da dependência da internet, em particular junto dos jovens, ainda não está no calendário do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências, que tutela as respostas a nível nacional nesta área. O director do SICAD, João Goulão, explicou ao i que estão a ser acompanhados todos os estudos sobre este fenómeno mas sublinha que a temática a que foi dada prioridade inicial ao nível do Serviço Nacional de Saúde se prende com o jogo compulsivo a dinheiro, quer online quer offline, por exemplo nos casinos.
O último inquérito nacional à população sobre dependências abordou pela primeira vez esta temática e verificou que 0,3% da população, ou seja 238 294 portugueses entre os 15 e os 74 anos, têm problemas de jogo a dinheiro.
A maioria são homens com uma idade média de 35 anos. Outro estudo nacional feito em 2009 tinha apurado que em Portugal existirão pelo menos 16 mil viciados em jogo a dinheiro e mais de 400 mil jogadores em risco, vendo-se cada vez jogadores mais jovens, sobretudo pela facilidade do acesso a apostas na internet.
Desde a transformação do antigo Instituto da Droga e Toxicodependência no SICAD, em 2012, que outras dependências além do álcool e da droga, nas quais se incluem o jogo ou a internet, passaram a fazer parte das competências do instituto. Paula Marques, psicóloga clínica e assessora da direcção do SICAD, explica que o alargamento da resposta tem de ser gradual, de forma a dotar os serviços de competências para lidar com estas novas problemáticas. “Não adianta chamar a atenção para uma problemática e depois os serviços não terem capacidade de resposta”, diz.
A problemática do jogo a dinheiro era um das áreas há mais tempo sem resposta especializada e por isso este ano um dos objectivos foi formar técnicos e profissionais de saúde para reconhecer sintomas e melhorar as intervenções. Até à data foram formados 60 profissionais e está agendada uma nova formação para o dia 12 de Novembro. Nos próximos inquéritos à população em idade escolar, que terão lugar no próximo ano, um dos objectivos do SICAD é incluir questões sobre a dependência da internet, adiantou Paula Marques. Os resultados deverão estar disponíveis em 2016.
Fonte: Jornal I
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