A procura continua a ser superior à oferta, porém, a queda nas receitas dos casinos mostra que o mercado de jogo local está a entrar numa segunda fase após um arranque explosivo. Eugene Christiansen, consultor norte-americano, entende que as medidas anti-corrupção na China expuseram as vulnerabilidades do mercado de jogo local.
O mercado de jogo na RAEM continua a ter uma “enorme potencial” e o território tem condições para se posicionar como um “destino de lazer incontornável” na Ásia. Ainda assim, o consultor norte-americano Eugene Christiansen sublinha que a queda nas receitas dos casinos assinala o início de uma segunda fase no mercado local que pode ser mais complicada de gerir para as operadoras, defendeu à margem de uma conferência do “Macau Gaming Show” (MGS).
A lição a retirar, acrescenta o consultor, é de que o mercado de jogo local deixou de ser “invulnerável”. “É um mercado gigantesco, mas o que a queda nas receitas mostra é que afinal não é invulnerável. Pelo contrário, as medidas anti-corrupção promovidas na China Continental vieram expor as vulnerabilidades de Macau”, afirmou Eugene Christiansen ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.
O consultor entende que o mercado de jogo está a passar por uma “fase de transição” que diz ser comum a todos os destinos de jogo e que apenas varia na duração e na dimensão.
“Atlantic City, na década 80, teve taxas de crescimentos anuais superiores a dois dígitos, ano após ano. Mas em 1989 bateu contra um muro e a festa acabou. Depois disso, a oferta e a procura de jogo na cidade estiveram sempre desequilibradas”, recorda.
Na opinião do consultor, porém, Macau ainda não atingiu um ponto de desequilíbrio, uma vez que o mercado chinês é “gigantesco”. Eugene Christiansen alerta que a nova fase do sector vai mudar as regras de jogo para as operadoras, obrigando as empresas a exporem-se menos a endividamentos muito significativos. Num mercado previsivelmente com menos liquidez, aponta, as empresas demasiado alavancadas ficam “mais expostas ao risco”. “É um jogo diferente que começa para as operadoras”, apontou.
O responsável aconselha Macau a seguir o modelo de Las Vegas, onde os lucros dos casinos apenas contribuem cerca de 50% para as receitas globais dos resorts. “É uma base mais estável e sólida. Agora, isto é difícil fazer. Qualquer um consegue ter uma operação de jogo com bacará mas nem todos estão preparados para gerir um resort integrado de entretenimento. São os produtos de lazer mais complicados de gerir e há muito poucas companhias que o tenham conseguido”, acrescenta.
Casinos americanos atraem jogadores chineses
As medidas anti-corrupção promovidas pelo Governo Central Chinês explicam a queda das receitas em Macau mas os impactos que estão a produzir são “mundiais”, defende Eugene Christiansen. Na opinião do consultor, como “resultado directo” destas medidas, o bacará está a tornar-se num jogo cada vez mais popular nos casinos de Las Vegas, alimentando sobretudo por jogadores chineses. Eugene Christiansen chama a atenção para o marketing agressivo desenvolvido pelo casino da Hard Rock International, em Tampa, na Florida, que tem promovido o bacará junto de jogadores asiáticos, sobretudo chineses. “Esse empreendimento está actualmente a gerar receitas brutas de nove milhões de dólares, resultantes sobretudo de jogadores VIP de bacará provenientes da China”, refere.
Fonte: Tribuna de Macau
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