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PORTUGAL (OBSERVATÓRIO): Crise afecta mais as slot-machines nos casinos

Pages from NOTICIAS DO OBSERVATÓRIO (REGULAÇÃO)Já no Euromilhões e outros jogos sociais, a adesão flutua em função dos jackpots, enquanto nos jogos na Internet, que cada vez têm mais adeptos, a crise tanto faz aumentar como diminuir as apostas.

Para Assis Ferreira, presidente do Grupo Estoril-Sol, que integra três casinos, existe um “mito” sobre a tendência para uma maior afluência ao jogo durante as alturas de crise, o que “não deixa de ser uma acepção marginalmente correcta”.

No entanto, sublinha, há dois tipos de crise: a passageira, na qual as pessoas pensam que o jogo é uma forma fácil de ganhar dinheiro e a de “carácter estrutural” como a actual. Esta tem uma dimensão global e acarreta “problemas de natureza psicológica”, como insegurança e falta de confiança, distingue.

Quem tem emprego “tem um rendimento líquido disponível claramente superior àquele que tinha no ano passado”, mas “não sabe quanto mais tempo vai estar empregado”, frisa.

Por isso, mesmo não havendo redução de afluência aos casinos – “nalguns casos até se pode dizer que há acréscimo” -, a “capacidade de consumo [dos jogadores] ou da sua auto-contenção é que diminuiu significativamente”, o que explica a queda de receitas, explica.

Os três casinos da Estoril-Sol (Estoril, Lisboa e Póvoa de Varzim) perspectivam uma queda média nas receitas brutas de 9,5 por cento até ao final do ano, o que traduz perdas entre 25 e 30 milhões de euros. Uma descida que representa “metade do que a generalidade dos outros casinos portugueses têm”.

Pelo Observatório Transnacional de Jogo Remoto, Luís Rebordão nota que a “indústria do jogo online, que continua em crescimento, tem ficado relativamente incólume ao descalabro económico dos últimos tempos”.

Impulsionador de várias investigações na área, refere que os apostadores na Internet “continuam a fazer apostas, alguns menos do que antes por uma questão de prudência e receio de um futuro incerto”.

“Mas outros apostam mais, na esperança de obter ganhos que permitam fazer face à diminuição de rendimentos”, acrescenta Luís Rebordão, mencionando ainda os jogadores com personalidade mais aditiva, que “continuam a apostar imoderadamente”.

Já Fernando Barrigana, do Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, explica que, “em regra”, a participação no Euromilhões e nos restantes jogos sociais “flutua um pouco em função do valor do jackpot”.

“Quando celebrámos o quinto aniversário da participação de Portugal no Euromilhões [a 18 de Setembro], houve um incremento de apostas na ordem dos 30 por cento com um prémio de 100 milhões de euros”, adianta.

Mais dependentes da crise, os casinos sofrem sobretudo a nível das máquinas automáticas (slot-machines), “mais do que nas áreas de jogo bancados, onde, tal como, por exemplo, na área da construção civil e na venda de imobiliário, é nos apartamentos de classe média que se sente a crise”, compara Assis Ferreira.

O também presidente da assembleia geral da Associação Portuguesa de Casinos nota, porém, que é nas slot-machines que se “encontra o espelho sociológico da sociedade portuguesa”.

“Os apartamentos de luxo, esses, continuam a vender-se e pelo preço que estão em causa. Só que há um grande problema: dentro da tipologia dos casinos portugueses, as máquinas automáticas representam 85 por cento da sua facturação”, destaca.

Notícia: Destak

                                                                                                                         

OBSERVATÓRIO

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REGULAÇÃO

Em boa hora enviámos para a Comissão Europeia o entendimento que norteia o nosso trabalho desde 2004

  Entendemos que  devem  ser elaborados  estudos em  prestigiadas  universidades, em  cooperação com operadores e reguladores, recorrendo às bases de registos dos jogos na internet para estudar com precisão os comportamentos e os hábitos dos jogadores. Os resultados destes estudos podem proporcionar uma base empírica à  comunidade científica  internacional na área  da investigação em comportamentos de dependência 

Entendemos que devem ser lançadas campanhas maciças de educação, através de diversos canais de comunicação, com o objectivo de  chegar efectivamente a toda a população, de maneira que esta possa perceber que existe uma verdadeira politica europeia em relação ao jogo e que as condições para um exercício responsável da actividade estão dadas   

Sublinhamos a necessidade de criar observatórios do jogo que alertem e informem os consumidores sobre as práticas de cada operador.  Estes observatórios poderão  ser um incentivo para a implementação de boas práticas nos seus sítios de jogo online. A diferenciação positiva. A transparência dos operadores poderá traduzir-se num capital de confiança junto dos jogadores.   

Entendemos que deverão ser criadas  redes de assistência para jogadores compulsivos, começando pelos centros que já estão a trabalhar no tratamento das adições. Esses centros deverão funcionar sobre uma plataforma tecnológica adequada que permita o intercâmbio de experiências, a actualização de conhecimentos e a colaboração mútua.

Problema de saúde pública

DESDE 2004
EDUCAÇÃO/PREVENÇÃO
O programa Jogo Responsável deverá contribuir para assegurar a protecção dos indivíduos, e da sociedade em geral, das consequências negativas do jogo e apostas a dinheiro e simultaneamente proteger o direito de quem pretende jogar.

         

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