17.01.2013 – A Comissão Europeia publicou um plano de acção para tratar de acabar com a fraude nas apostas online. A estas directrizes em breve se juntarão recomendações para proteger o consumidor.
O mundo das apostas online é um sector jovem, mas que demonstrou gerar grandes lucros em muito pouco tempo: uma renda anual de 13.000 milhões de euros estimados em 2015 e um crescimento anual de 15%. Por esta razão, a União Europeia (UE) preparou um plano de acção para animar os Estados Membros a prevenir a fraude e o branqueamento de dinheiro, impedir a manipulação de resultados em eventos desportivos, assim como potenciar a protecção dos menores e dos ludopátas frente a este tipo de actividades.
Embora os Estados Membros tenham a liberdade para fixar os objectivos das suas políticas em matéria de jogo online, a Comissão adoptará em breve três recomendações dirigidas aos 27 países sobre a protecção comum dos consumidores, a publicidade responsável do jogo e a luta contra a viciação de resultados devido às apostas. Além disso, outras medidas preveem o alargamento no âmbito da aplicação da directiva sobre o branqueamento de capitais.
Nas restantes recomendações, a UE insta os países membros a fomentar a formação de juízes sobre a fraude e branqueamento de capitais mediante as apostas online e a recolher dados sobre as ludopatias.
“ A União Europeia quer fixar umas bases claras para que os seus membros regulem o jogo online e que se concentrem nos problemas mais importantes a que se tem que fazer frente, tal como o tratamento dos dados pessoais, assim como a garantia de protecção do jogador. No entanto, não creio que a Comissão pretenda criar uma directiva europeia centrada neste neste tipo de serviço de ócio. Cada país é diferente e tem uma tradição em relação ao mundo das apostas” comenta Francisco Pérez Bes, responsável da monitorização do normativo da LB Apuestas e vice-presidente da Enatic.
O sector de jogo em Espanha não é novo, mas a sua vertente online é mais recente. No entento, e segundo o primeiro balanço realizado pela Dirección General de Ordenación del Juego (DGOJ), em 2012, o estado arrecadou 140 milhões de euros em impostos, frente aos 100 milhões de havia estimado. Este valor significa o dobro do arrecadado em 2011, quando os jogos online viviam uma situação de alegalidade.
Este sector que se rege pela lei 13/2011 de 27 de Maio, outorgou as primeiras licenças provisórias de operadores em meados do ano passado, em Fevereiro, a DGOJ concederá as licenças definitivas a todos os que tenham superado as provas técnicas que exige a lei.
Um dos objectivos desta política tem sido a luta contra a fraude exigindo os domínios .es para poder operar em Espanha. “Através deste sistema, o Estado pode fazer frente aos problemas de branqueamento mediante investigações dentro do país – antes tinha que contar com a cooperação internacional e havia cruzamento de legislações -, levar a cabo um controlo fiscal dos operadores e forçá-los a pagar impostos em Espanha, assim como auditar os sistemas técnicos para garantir a segurança dos dados pessoais cedidos pelos jogadores”, comenta Pérez Bes.
Segundo este especialista, a legislação espanhola – que se baseia na italiana e na britânica – é boa, ainda que tenha que seguir a evolução do sector e adaptar-se à realidade. “Já observámos uma mudança substancial, já que o Estado aceitou que os jogadores podem deduzir as suas perdas no jogo no momento que tributam os seus lucros”, conclui o vice-presidente da Enatic.
Apoio legislativo da Comunidade de Madrid a Eurovegas
O plenário da Assembleia da Comunidade Madrid aprovou no passado 27 de Dezembro diversas alterações que afetam a Lei do Jogo de Madrid. Estas alterações estão encaminhadas para apoiar o macro-projecto Eurovegas do magnata Sheldon Adelson. Por um lado, criou-se a figura do Centro Integral de Desarrollo, que, de acordo com a lei, será um lugar “que tenha por objecto a prestação integrada de actividades industriais, turísticas, de ócio, espectáculos e jogo”.
Eurovegas, actualmente o único Centro Integral de Desarrollo, beneficiará de bonificações fiscais nos impostos por cada trabalhador contratado, uma dedução anual para compra de material e investimentos para as instalações que se construam, assim como um desconto de 95% sobre a parcela resultante de operações sujeitas ao imposto sobre transmissões patrimoniais e actos jurídicos documentados. Além disso, a Comunidade de Madrid aprovou que terão um regime jurídico específico do jogo, adaptado às características próprias destes complexos e do turismo que promovem.
e um desconto de 95% sobre a parcela resultante de operações sujeitas a sisa e imposto de selo. Além disso, a Comunidade de Madrid aprovou que têm um regime jurídico específico do jogo, adaptado às características destes complexos e promoção do turismo.
No entanto, a maior e mais polémica vantagem adoptada pela Assembleia de Madrid foi a redução da tributação dos rendimentos do jogo. Normalmente, os casinos pagam entre 45% e 60%. Mas a nova legislação leva esta percentagem de 45% até 10%. Esta alteração deveria ter sido bem recebida por todos os casinos, mas esta diminuição só começará a aplicar-se quando comecem a trabalhar as instalações de Eurovegas.
Este aspecto é para os especialistas uma clara discriminação em relação ao resto dos casinos da comunidade que poderiam beneficiar desta melhoria durante os próximos anos, enquanto se constrói definitivamente o macro-complexo.
Fonte: Expansión
OBSERVATÓRIO
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REGULAÇÃO
Em boa hora enviámos para a Comissão Europeia o entendimento que norteia o nosso trabalho desde 2004
Entendemos que devem ser elaborados estudos em prestigiadas universidades, em cooperação com operadores e reguladores, recorrendo às bases de registos dos jogos na internet para estudar com precisão os comportamentos e os hábitos dos jogadores. Os resultados destes estudos podem proporcionar uma base empírica à comunidade científica internacional na área da investigação em comportamentos de dependência
Entendemos que devem ser lançadas campanhas maciças de educação, através de diversos canais de comunicação, com o objectivo de chegar efectivamente a toda a população, de maneira que esta possa perceber que existe uma verdadeira politica europeia em relação ao jogo e que as condições para um exercício responsável da actividade estão dadas
Sublinhamos a necessidade de criar observatórios do jogo que alertem e informem os consumidores sobre as práticas de cada operador. Estes observatórios poderão ser um incentivo para a implementação de boas práticas nos seus sítios de jogo online. A diferenciação positiva. A transparência dos operadores poderá traduzir-se num capital de confiança junto dos jogadores.
Entendemos que deverão ser criadas redes de assistência para jogadores compulsivos, começando pelos centros que já estão a trabalhar no tratamento das adições. Esses centros deverão funcionar sobre uma plataforma tecnológica adequada que permita o intercâmbio de experiências, a actualização de conhecimentos e a colaboração mútua.
Problema de saúde pública
DESDE 2004
EDUCAÇÃO/PREVENÇÃO
O programa Jogo Responsável deverá contribuir para assegurar a protecção dos indivíduos, e da sociedade em geral, das consequências negativas do jogo e apostas a dinheiro e simultaneamente proteger o direito de quem pretende jogar.
PROJECTO EUROPEU EM DESENVOLVIMENTO
responsiblegambling.eu
O Observatório do Jogo Remoto agrega informação, transparente e credível, sobre os operadores licenciados nas diversas jurisdições da União Europeia, monitorizando as suas políticas de jogo responsável através de requisitos reconhecidos internacionalmente e validados cientificamente.
Através das dimensões de análise e indicadores que compõem aqueles requisitos, o Observatório permite efectuar uma avaliação, independente e rigorosa dos operadores, no que respeita às suas políticas de segurança e protecção dos consumidores nas mais variadas vertentes.
Num caminho para uma regulação europeia do mercado do jogo, a transparência e o rigor da informação prestada ao público no que concerne ao jogo responsável, representa um claro contributo dos operadores licenciados para um ambiente de jogo credível, reforçando a confiança dos consumidores na segurança das suas apostas e no conhecimento de um sector comprometido com a qualidade dos seus produtos e com o respeito pelos seus clientes.
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