MACAU: Receitas dos casinos de Macau com queda recorde

06/11/2014 by admin in Casinos, Imprensa de Portugal, Macau, Notícias No Comments

O reforço do controlo da corrupção na China, os protestos em Hong Kong e a proibição de fumar em recintos de jogo fechados trouxeram “uma tempestada perfeita” que abalou o jogo em Macau.

Em outubro, as receitas de jogo nos casinos de Macau cairam pelo quinto mês consecutivo, para registarem uma queda anual recorde de 23,2%, fixando-se em 28 mil milhões de patacas (2,8 mil milhões de euros).

A percentagem reflete o efeito de “uma tempestada perfeita” que se abateu sobre os casinos de Macau, devido aos casos de corrupção na China, aos protestos pró-democracia em Hong Kong e à proibição de fumar em recintos de jogo, em vigor desde 6 de outubro, comenta o jornal “South China Morning Post”.

É a maior descida desde que o território começou a registar os dados correspondentes às receitas de jogo nos seus casinos, refere o jornal.

Esta segunda-feira, o secretário da Economia e Finanças de Macau, Francis Tam Pak-yuen, já tinha alertado que a quebra bateria o anterior recorde, de janeiro de 2009, quando a crise financeira global ditou uma descida de 17,1% nas receitas dos casinos macaenses.

Acusações de fraude aumentam 31%
A notícia teve, também, impacto na cotação das ações dos principais casinos, com o Winn Macau e o Melco Crown Enyertainment a cairem 3,4%, enquanto o Sands China perdeu 3,3% e o Galaxy Entertainment Group desceu 2,8%. No caso do SJM Holdings e do MGM China, as quedas foram de 2,3% e 0,6% respetivamente. O Hang Seng Index caiu 0,29%.

As expectativas para o quarto trimeste estão baixas, depois do governo chinês anunciar a criação de uma nova estrutura anticorrupção, mas os casinos de Macau também estão a sofrer com a concorrência de casinos noutros países, designadamente em Las Vegas, nos Estados Unidos, para onde os jogadores chineses poderão estar a viajar mais de forma a evitar o controlo, uma vez que o número de acusações por fraude cresceu 31% nos últimos 12 meses, para 6.500 casos.